Belzebuth ou Belzebub ou Beelzebuth, príncipe dos demônios, segundo as Escrituras; o primeiro em poder em e crime depois de Satanás, de acordo com Milton; chefe supremo do império infernal, de acordo com a maioria dos demonógrafos.
Dictionnaire Infernal, Collin de Plancy e Jacques-Albin-Simon, 1863
Belzebu é um demônio da antiguidade, originário da Filisteia e da Cananeia. Ao longo dos milênios, seu nome foi sofrendo inúmeras alterações, mas no Brasil, Belzebu é mesmo a forma mais usual. O nome dessa entidade se origina de outras duas entidades, Baal e Zebub. De acordo com a mitologia, O Senhor dos Trovões (Baal) e o Deus das Moscas (Zebub) se enfrentaram em uma batalha de proporções épicas, e acabaram fundindo-se em uma única entidade, mais poderosa do que cada um individualmente. Mais ou menos como Goku e Vegeta.
Belzebu no Universo DC
Belzebu marca presença constantemente no Universo DC. Uma das aparições mais conhecidas é nos quadrinhos do Sandman.
O Inferno do universo Vertigo era comandado pelo Primeiro, Segundo e Terceiro dos Caídos. Em algum ponto da história, no entanto, esse triunvirato foi revertido, e o poder passou às mãos de Lúcifer, Azazel, e – é claro – Belzebu.
Belzebu também dá as caras em Hellblazer. No arco Hábitos Perigosos, John Constantine engana os três membros desse triunvirato, consegue curar seu câncer e se torna virtualmente imortal. Esse trecho da história foi reproduzido de forma muito capenga no filme do Constantine.
Fora do mundo Vertigo, que tenta seguir minimamente o conhecimento oculto real, a DC Comics faz alguns absurdos com o pobre Belzebu. Em Origens Secretas nº 48, ele é confundido com Belial. Em The Demon nº 6, Etrigan invade seu palácio e o sequestra. O que é um tanto inconcebível para o Segundo em Poder do Inferno.
Belzebu nos Grimórios Clássicos
A hierarquia infernal do universo Vertigo é condizente com alguns grimórios clássicos do mundo real, como o Grimorium Verum e o Le Grand Grimoire, incluindo a história de como Belzebu teria tomado o lugar de Satanás.
Na Bíblia, ele é mencionado como uma espécie de exorcista:
Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.
Mateus, 12:24
Isso se confirma repetidamente nO Testamento de Salomão.
Mas assim como é capaz de expulsar demônios, ele é também o comandante da única ordem de cavalaria de que se tem notícia entre as legiões infernais: a Ordem da Mosca.
O próprio mito da origem de Belzebu dita que ele foi composto a partir de outros seres. Sendo o Senhor das Moscas, fica claro o simbolismo de que comanda legiões, como se os comandados fossem insignificantes.
Assim como Deus é visto como uma Unidade, esse príncipe do Inferno é também visto como uma Unidade, mais do que como uma união de partes. Sua natureza é essencialmente múltipla. O adepto que estabelece contato com Belzebu é capaz de controlar suas legiões, que somam quarenta e nove. Alguns desses demônios aparecem nos escritos de S. L. MacGregor Mathers e no Manuscrito de Dresden, uma das fontes do Livro de Abramelin.
Uma nova Goetia
Além dos antigos grimórios citados acima, outras fontes mais modernas podem ser consultadas para conhecer melhor e poder trabalhar na prática com Belzebu. Com esse conhecimento, é possível empregar um sistema análogo à Goetia, sem precisar recorrer aos aos famosos 72 demônios do Lemegeton.
Cabala, Qliphoth e Magia Goética, de Thomas Karlsson, traz algumas informações pouco disponíveis sobre Belzebu, como seus caracteres e sua conjuração. Legion 49, de Barry William Hale, apresenta um estudo minucioso a respeito de Belzebu. O livro inclui informações detalhadas sobre os 49 demônios (imagens, descrições, etimologia e atribuições numerológicas). E quem estiver interessado em uma ficção moderna, cheia de demônios e hierarquias infernais, pode também ler Kalciferum. Ambos podem ser encontrados na loja da penumbra livros.
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Choronzon, o Senhor da Dispersão