Nesta semana do dia internacional da mulher, preciso ressaltar um tema importante: a masculinidade tóxica que afeta inclusive os ocultistas.
Você já ouviu falar no termo masculinidade tóxica? Resumidamente, podemos dizer que a masculinidade tóxica se refere às características que a sociedade tende a atribuir de maneira estereotipada ao sexo masculino, sendo estas nocivas ou restritivas aos próprios homens ou às pessoas que estão ao seu redor.
Ela é fruto de um conjunto de mitos que a sociedade transmite aos garotos e aos homens sobre o que significa ser um “homem de verdade”, que contém ameaças implícitas ao seu valor à sua identidade caso não ajam de acordo com tais expectativas.
Uma das partes mais sombrias do ocultimo atual está em justamente não conversarmos a respeito de como o machismo nos afeta, justamente para que possamos nos libertar de tais incentivos malignos.
Existem alguns mitos e compartamentos que acabam sendo divulgados pela nossa cultura que precisam ser dissecados pelo que são:
1: O mito das guerras mágickas:
Muitas vezes as guerras mágickas nada mais são que homens brigando entre si pelo poder dentro de uma Ordem, Culto, Sociedade, Coven etc ou por discordarem de algo de uma outra vertente.
O equilíbrio de poder é realmente bastante frágil. Isto porque qualquer sacerdote à frente de uma Ordem, Culto ou Sociedade pode simplesmente ser deposto ou ultrapassado por outro.
O que acontece, muitas vezes, é uma disputa egóica mascarada por motivos diversos. As sociedades não lidam bem com as sombras e com a diversidade de pensamentos.
2. Homens incentivando mulheres a brigarem entre si pelo poder
Alguns homens temem o poder natural das mulheres dentro das Ordens. Então o que fazem é simplesmente colocarem as sacerdotisas para brigarem entre si manipulando-as sutilmente ou até mesmo “colocando fogo” em discussões.
Mulheres que estão uma contra as outras, disputando espaços de poder ou simplesmente propagando o revanchismo feminino, seja por um homem ou seja por destaque, tendem a ser menos poderosas do que aquelas que se unem para de fato melhorem seus espaços.
3: Homens utilizando a hierarquia e os segredos das sociedades para sexo
Isto ocorre inclusive com menores de idade, por isso esteja atenta. Se você se sente acuada a ter relações sexuais para propósitos mágickos, seja eles quais forem, esta “ordem” está impregnada com masculinidade tóxica.
4: Homens poderosos demais que não precisam de ajuda
Este é um mito que inclusive afeta os próprios homens, especialmente quando sofrem com doenças mentais, perdem seus empregos ou acabam por revelar seus lados mais frágeis.
5: Homens que não enfrentam as sombras de seus vícios e obsessões:
Existem muitos métodos para que possamos lidar com nossos vícios e questões sombrias internas. Quando suprimimos tudo isso, acabamos por alimentar nosso lado mais obscuro, criando uma cortina de fumaça que esconde nossas verdadeiras intenções.
6: Homens que não aceitam fazer parte de práticas consideradas “femininas” ou que desprezam rituais “femininos”:
Isto inclui homens que ridicualizaram magias voltadas para a força da lua, magia com sangue menstrual ou simplesmente que não aceitam ajudar nas tarefas consideradas “femininas” dentro dos espaços sagrados.
Isto também inclui até mesmo a ridicularização de práticas mais “femininas” como wicca, ou de eventos similares.
Homens que tendem a ridicularizar verbalmente as sacerdotisas:
Aqui incluo a fabricação de memes e páginas ridicularizando uma sacerdotisa pela sua crença, tendo-a como alvo de críticas voltadas para a sua aparência ou personalidade.
Mas então, o que fazer?
Podemos simplesmente marter uma conversa franca e aberta a respeito de tais comportamentos, e demandarmos o respeito que merecemos enquanto mulheres e sacerdotisas.