O que separa um ocultista do restante dos mortais é justamente o seu desempenho ao construir o seu caminho. Por isso, hoje vamos apontar para algumas armadilhas que encontramos por aí e que muitas vezes nos impedem de fazer um bom trabalho.
Dizem que se conselhos fossem bons, eles seriam comprados. Ainda assim, para os novos tempos que nos esperam, precisamos estar mais atentos que nunca. Por isso criamos esta série de textos de conselhos magísticos. Sinta-se livre para fazer o exato oposto. Afinal, “nada é verdadeiro, tudo é permitido”.
A ideia de que você precisa ser imbatível
Esta é uma questão que sempre vale a pena ser frisada. Parafraseando Jan Fries, para todos chega uma hora em que é preciso descer do topo da árvore. Não há como crescer expansivamente para sempre. Isto tampouco é o ideal.
Infelizmente, vivemos num ambiente de aparências. O espelho modulado pelas redes sociais nos faz crer em vidas perfeitas, magistas indestrutíveis.
Mas além de tantas carapuças, a verdade é que o ocultista ainda é uma pessoa e, como tal, precisa lidar com questões do seu dia-a-dia. O magista também adoece, também sofre com decepções, problemas e questões.
Precisamos aprender que não somos infalíveis, que outros profissionais são tão importantes quanto nós. Precisamos abraçar nossa humanidade para superá-la.
A crença em qualquer teoria da conspiração
Muitos ocultistas tendem a rejeitar fatos científicos para acreditar em qualquer teoria da conspiração que aparece. Como Peter Carroll descreve em Liber Null & Psiconauta, é possível reagir a isto de diversas formas.
Para ele, a melhor delas é criar sua própria teoria da conspiração. De preferência alguma que seja construtiva para a vinda do novo Aeon e não uma fake News qualquer que reproduza as crenças e os preconceitos ultrapassados.
Chega um ponto em que o ocultista, ao se tornar um líder, percebe que as pessoas não querem a iluminação. Elas querem palavras fáceis e mastigadas. Estão ávidas por histórias fantásticas e mirabolantes.
O ocultista mais afiado se tornará cético em relação à verdade alheia, enquanto ele mesmo programa a sua própria. Ele fará e divulgará a sua teoria da conspiração, ciente do efeito dominó de suas palavras.
A crença de que você não é importante
É muito comum que você queira seguir os mesmos passos de alguém importante. Talvez você leia suas biografias e se pergunte como alguém conseguiu tantos feitos em vida, conquistou tantas coisas e adquiriu tanto poder. Talvez você queira simplesmente reproduzir os hábitos daquela pessoa que te inspira, seguir seu grimório ao pé da letra ou tornar-se cada vez mais como ela e menos como você. No entanto, isto revela apenas uma questão de baixa autoestima.
Você desacredita no seu potencial, tomando a vida alheia como medida principal do seu trabalho, sendo que você tem seu próprio histórico de vida, suas próprias limitações, seus próprios interesses e deveria simplesmente construir o seu caminho. Inspirar-se em alguém é mais que válido, mas ao tentar calçar os sapatos de alguém, é provável que eles sejam inúteis para você e do tamanho errado.
Nunca se meça pela conquista alheia.
A vontade de se expor a qualquer custo
Novamente, este é um problema deste mundo de aparências. Ocultismo, como a própria palavra diz, é o que não se mostra. Ocultista, portanto, é alguém que se preserva. Nós apenas deixamos algumas pistas, mas o trabalho final de pesquisa, estudo e dedicação é com você. Nem tudo está na Internet, mas sim nos livros e na prática diária.
Ter redes sociais, expor seu trabalho e suas opiniões não é o problema. Apenas levar isso para todas as áreas da sua vida é prejudicial. Quando mais você aparecer, mais atrairá atenção. E quanto mais você posta a seu respeito, mais a informação a seu respeito lhe deixa vulnerável para aqueles sem boas intenções. Então reflita bem a respeito de suas palavras e seus trabalhos mágickos antes de publicá-los.