Bruxaria Apocalíptica é considerado por alguns críticos como o livro moderno mais importante sobre a Bruxaria. Todas as quarta-feiras, às 17:30, haverá uma live interativa na página da Penumbra Livros no Facebook para estudarmos este livro tão importante. Agora contaremos com a presença da Ju Ponzi, tradutora do livro e que participa do podcast Magickando. Hoje você conhecerá 6 motivos para estudar este livro com a gente.
1. A Bruxaria é a nossa conexão íntima com a teia da vida
Peter Grey demonstra nossa conexão com a Bruxaria das mais diversas formas. Compreenda melhor o conceito do que é o ser bruxa: a pessoa nasce bruxa, torna-se bruxa ou os dois? O que fazem as bruxas? Como os ritos da Bruxaria surgiram e se desenvolveram?
A arte da bruxa consiste em uma prática e um conjunto de ritos que são significativos e funcionais, que servem a um entendimento do porquê o que é feito é feito, que é também a sua realidade. A bruxa é pragmática, uma viajante do tempo, ginete de bestas e de cavalos selvagens, pois a bruxa prefere o seu tigre e seu javali indomados e selvagens, e busca a comunhão que está além da aparência, a alma do mundo, a carne desnuda de Deus e de sua consorte, a Terra.
Nicholaj de Mattos Frisvold, sobre Bruxaria Apocalíptica
2. A Bruxaria não é uma religião qualquer
Se a bruxaria não tivesse presas, diabo, perigo ou sexo, não seria bruxaria; seria conformidade e mesmice, uma religião como outra qualquer.
Nicholaj de Mattos Frisvold, sobre Bruxaria Apocalíptica
A Bruxaria de Peter Grey não está nas revistinhas que encontramos nas bancas. Não é bonita, pura e socialmente aceita. A Bruxaria celebra os ritos de sêmen e sangue, abraça o Diabo em suas mais diversas formas, comunga com psicoativos e externaliza o nosso mundo interior.
3. A prática da Bruxaria é de revolução e de poder feminino
Este é o livro mais importante em termos sociopolíticos. Neste momento crucial do nosso país, o livro marca um novo período dentro do ocultismo, em que a nossa espiritualidade ancestral desperta e o protagonismo das mulheres retorna ao seu local de direito. As mulheres estão unidas, fortes, semeando para decidir o futuro da nação.
A criação de uma figura puramente maléfica da Bruxa era um ataque às mulheres, embora homens também fossem queimados. A mulher foi atacada desta maneira para permitir que o estado anexasse a terra comum. A mulher foi atacada para impedir controle sobre o seu ventre. A mulher foi atacada para dividir os sexos e rasgar o tecido social. A mulher foi atacada para destruir o senso do sagrado da natureza. A mulher era a memória do antepassado e do clã.
Peter Grey
O Manifesto de Peter Grey deixa tudo isso muito evidente por todo o livro: a Bruxaria é matriacal e uma das poucas manifestações espirituais que renascem do seio feminino.
4. O trabalho da Bruxaria está intimamente ligado ao sonho
Peter Grey revela diversas técnicas usadas pelas Bruxas para se conectarem ao Demos Oneiroi e assim se tornarem oráculos vivos. O Sabá das bruxas é finalmente explicado: vassouras em punhos e vôos noturnos ficam cada vez mais evidentes uma vez em que Peter nos apresenta o contexto histórico, práticas milenares e urge para que trabalhemos com nosso mundo interior.
5. A Bruxaria é poder, e o possui no êxtase, no sexo e na provocação
A Bruxaria é a sexualidade desenfreada.
Na bruxaria, é a mulher quem inicia.
Desafiamos o homem a ser a igual a esta mulher.
A Bruxaria é a arte da inversão.
Peter Grey
Bruxaria sem sexo não pode ser considerada bruxaria. Aqui Peter apresenta as diversas fases e faces da Deusa, que não se intimida pela presença alheia. Ao contrário: a Bruxa retoma o seu desejo, controla o seu sexo e através de seu êxtase cria a vida ao seu redor.
6. O mundo natural é o mundo sobrenatural da bruxaria
Peter Grey nos mostra que o simbolismo da Bruxa é a sua principal ferramenta. Aqui, a crença é a verdade, pois ela é o espelho do interior. A Bruxa reconhece seu espaço, observa a Natureza com olhos treinados pelo fascínio, pelo Oculto, pelos signos. Tudo tem um significado, um simbolismo e uma verdade por trás. A Bruxa é a que testa, interpreta, e se embedada do que existe, dando espaço para suas visões internas.