Este é um texto de alerta para todo ocultista que não deseja ser apenas mais um cordeiro na multidão.
Em qualquer meio espiritualista ou ocultista, é muito comum que as pessoas tendam a seguir cegamente mestres, gurus, ou, mais recentemente, YouTubers. Elas escolhem uma linha de pensamento que mais se adequa às suas vidas e simplesmente ignoram todas as outras possibilidades. Para elas, é pecado questionar aqueles que estão à frente de Ordens, Templos ou Páginas.
Digamos, portanto, que tais pessoas queiram se iniciar em Thelema. Ao invés de buscarem a própria Verdadeira Vontade, acabam seguindo a Vontade de seus guias, suprimindo assim todo o Potencial interior. Talvez o caminho com o guia pareça mais fácil, no entanto, pode ser bastante limitante, especialmente se este guia não queira combater a própria ignorância.
O problema é que ao terceirizarem a própria educação ocultista, acabam por serem vítimas de um fenômeno que impacta muita gente: a ignorância. Todos nós somos ignorantes, fato. Mas como combatemos isso? A maioria quer receber o conteúdo mastigado, mas sem questionar ou avaliar outras opções de abordagem.
Cuidado ao escolher seu guia
Estes iniciantes, então, entregam suas dedicações para pessoas despreparadas, ou que são, na verdade, falsificações de mestres estrangeiros, plagiadores e todo tipo de gentalha que só visa o lucro ou o status de ascencionado, sábio ou mestre.
Ficam perdidos e órfãos quando seus mestres abandonam o caminho ou os expulsam por motivos mesquinhos, sejam eles conflitos internos, receio de perderem suas posições dentro do meio em que estão e até mesmo guerras mágicas imaginárias que são travadas apenas nas mentes mais covardes.
Os verdadeiros guias deveriam reconhecer o talento dos iniciantes e estimular para que cresçam dentro da comunidade. No entanto, muitos guias querem manipular ou suprimir este talento, pois se sentem ameaçados pela Potência alheia, com medo de serem substituídos ou destituídos de seus cargos.
Isto é algo que acontece repetidamente no meio ocultista, em maior ou menor grau. Esta disputa novamente revela o problema da ignorância: algo arraigado na sociedade como um todo. Para combater a ignorância, é preciso que o ocultista leia e pratique por conta própria.
Tome a iniciativa da própria vida mágicka
Não fique esperando a autorização do seu guia. Não fique esperando que ele dê tapinha nas suas costas e diga para prosseguir. Não seja mais um ser passivo que apenas segue o cronograma que outra pessoa indicou para você. Não queira ler apenas o mesmo autor de sempre, o mesmo grupo de sempre.
Pegue textos contraditórios, informações conflitantes. Procure testar outras maneiras e pontos de vistas para entender uma questão mágicka. E, principalmente, tenha humildade o suficiente para entender quando o evento de fato é algo mágicko ou apenas uma fantasia da sua mente.
É muito comum que ocultistas criem as famosas guerras mágickas que ocorrem apenas na mente deles. A paranóia é o ingrediente principal neste caso. E o problema se torna real caso o ocultista faça uso de quimiognose dentro do seu projeto mágicko.
Evite guerras mágickas imaginárias
Isto porque, completamente sem noção da realidade, o ocultista se vê ameaçado o tempo todo. Se o seu guia está sempre em posição de defesa contra conflitos megalomaníacos, então é bom repensar quem ele é. Pode ser apenas mais um ignorante que se sente o centro do universo e que jura que tem alguém muito malvado tentando destrui-lo a qualquer custo. Não caia nessa. Pessoas assim são uma cilada.
Outro tipo de guia que você deve evitar é aquele que está sempre sem energia, que mal consegue terminar seus afazeres no Templo, pois está sempre redirecionando a energia para o seu inimigo, só que sua ignorância não permite que ele entenda que, no caso, ele está combatendo a si mesmo.
Talvez, de fato, as pessoas tenham desavenças contra ele, mas ninguém se importa o suficiente para ingressar numa guerra mágicka. Tenha cuidado, portanto, ao escolher seus guias. Procure aqueles que te estimulam, te libertam e realmente querem ver você crescer.
Procure autores que digam para você questionar a tudo e todos, mantendo seu radar sempre em alerta. Evite dogmatismo de toda estirpe e teste os limites do seu guia. Você irá se surpreender quando entender que ele é alguém como você: nadando contra o mar da própria ignorância.