É impressionante contrastar algumas coisas que os sábios da antiguidade já sabiam com as descobertas da ciência moderna. Os Vedas, por exemplo, são cheios de exemplos de conhecimentos que a humanidade possui há milênios, mas que só estão sendo comprovados pela ciência nos últimos séculos e décadas. Embora a anatomia cerebral seja estudada há séculos pela ciência formal, ainda não temos plena certeza dos detalhes do funcionamento do cérebro humano. No entanto, há milênios a função da glândula pineal é conhecida por tradições ocultas de todo o mundo.
O que é a Glândula Pineal?
A glândula pineal é uma pequena glândula endócrina, em formato de pinha, que fica no nosso cérebro vertebrado. Se posiciona numa região bastante central do cérebro como um todo.
Essa glândula é uma característica comum entre quase todos os vertebrados, com raríssimas exceções. Pode-se dizer que é um subproduto da evolução das espécies. Como já dissemos em outra ocasião, pelo mecanismo da evolução das espécies, os cérebros das criaturas mais desenvolvidas vão acumulando funções e modos de operação. A glândula pineal surgiu em algum ponto nessa escala evolutiva, e não é privilégio dos humanos e dos macacos. Até mesmo peixes, répteis e outros seres com cérebros mais simples que os nossos possuem essa glândula.
De acordo com a medicina, sua função é muito simples: produzir melatonina, uma substância que regula o sono. Mas há também estudos que relacionam a pineal com hormônios sexuais, produzidos pela sua vizinha, a glândula pituitária.
E o que mais?
É claro que não há confirmação científica, mas diversas culturas e traduções, das mais ancestrais às mais modernas, concordam que a glândula pineal tem propriedades mágicas. Essa glândula é o famoso terceiro olho que aparece nos símbolos de tantos povos do passado. Também é representada em forma de pinha no simbolismo de diversos cultos.
E não só místicos vêm falando de suas propriedades ocultas. O filósofo francês Descartes já defendia que esse pedacinho do cérebro é o “Assento da Alma”.
Resumindo, a glândula pineal é o centro dos poderes psíquicos do homem. Despertar e controlar esse terceiro olho é a chave para desenvolver poderes incomuns. Isso inclui desenvolver níveis superiores de consciência, uma maior compreensão das coisas, um equilíbrio corporal superior, capacidades de presciência, clarividência, entre outras.
A Glândula Pineal nas Culturas Antigas
São inúmeras as representações dessa glândula na arte dos antigos. Sempre que você vir uma pinha, pense em glândulas pineais. E se você acha que pinhas não são um motivo tão comum assim, pense novamente.
A glândula pineal é suportada pelo Ajna chakra, que no passado constituía o Terceiro Olho, ou Olho de Shiva. Este é o canal da energia espiritual direta, e apesar de ser normalmente selado após a puberdade, ele pode ser reaberto através da constante Auto-Investigação (Atmavichara), que ocorre através de meditação verdadeira, ou consciência livre de pensamentos; este não é um processo mental, pois se relaciona ao plano informe do puro Ser, para o qual representa – de forma figurativa – somente mais um lugar removido.
Kenneth Grant, em O Renascer da Magia – Capítulo IV: Centros de Poder
Mas de onde surgiu essa relação entre uma glândula e o olho? Veja essa imagem do Olho de Hórus, um símbolo egípcio que significa, entre outras coisas, o poder real.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
E por falar em olhos que tudo veem, há uma outra imagem bem conhecida de todos, que deve ser levada em consideração.
Como posso usar minha glândula pineal a meu favor?
Uma das formas de acionar a sua glândula pineal é através do uso do Kundalini. O Kundalini é representado como a serpente que dorme enrolada na base da nossa coluna vertebral. Ao acionar os chakras, desperta-se a serpente, que culmina sua escalada no Sahasrara Chakra, na região coronal. (Na verdade, não fica exatamente dentro do corpo. É complicado.) A última parada nessa subida antes de Sahasrara é o Ajna Chakra, ligado diretamente à glândula pineal.
Há quem diga que a vida moderna reúne diversos fatores que colaboram para a calcificação dessa glândula. Cabe a nós fazer um esforço ativo para descalcificá-la, liberando seu potencial. Esse esforço inclui alterar a alimentação, o tipo de produtos químicos que se usa, etc. Coisas aparentemente inofensivas, como o flúor na água que bebemos, tem potencial para calcificação da glândula pineal. É, no mínimo, preocupante.
Se você quiser saber mais sobre a relação entre o sistema endócrino e os chakras, além de conhecer métodos para despertar o Kundalini, O Renascer da Magia, de Kenneth Grant, é uma ótima referência. Liber Null e Psiconauta, de Peter J. Carroll, descreve a forma como nossos cérebros evoluíram ao longo das eras, resultando na estrutura que temos hoje. O Principia Discordia recomenda sempre consultar sua glândula pineal, e também trata de olhos em pirâmides. Todos esses livros estão disponíveis na loja da Penumbra Livros.
A GLÂNDULA PINEAL é onde todo e qualquer um de nós pode falar com Éris. Se você tiver dificuldades em ativar a sua Pineal, experimente o seu apêndice, que faz quase a mesma coisa.
Principia Discordia, p. 00015
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Entrevista com Peter J. Carroll
