O Tarô de Alan Moore

O Tarô de Alan Moore

Não é novidade alguma que a arte sempre teve profundas ligações com o oculto. Diversos artistas conhecidos enchem suas obras de significados ocultos. Isso acontece a todo tempo no rock’n’roll. Nos quadrinhos, Grant Morrisson é um dos exemplos mais conhecidos de artista/ocultista. Mas só existe um Grande Mago dos quadrinhos, e ele se chama Alan Moore.

Alan Moore, O Grande Mago de Northampton

O Sr. Moore não recebe esse título à toa. Em 1993, declarou publicamente sua condição de magista cerimonial. Desde então, o tema do ocultismo vem permeando sua obra cada vez mais. Em seu caminho, Alan Moore já passou por Thelema e pela Qaballah, mas acabou fixando sua devoção e crença em uma entidade conhecida como Glycon. Glycon, um deus serpente romano, foi identificado por estudiosos como uma fraude, uma invenção deliberada. Mas para Alan Moore, sua existência depende única e exclusivamente de sua imaginação, portanto é indiferente que seja ou não uma fraude.

Um comentário de Alan Moore define bem como é difícil dissociar crença de realidade objetiva:

“É assustador. Você chama os nomes nesta língua estranha e incompreensível, e olha para o espelho, e lá está aquele homenzinho falando com você. Simplesmente funciona.”

 

Alan Moore para o The Guardian, 2002

Ocultismo na Obra de Alan Moore

Alan Moore trouxe ao mundo diversas obras absolutamente fantásticas, incluindo Watchmen, Batman: A Piada Mortal e Do Inferno, V de Vingança, O Monstro do Pântano, e a lista vai longe. Mas algumas obras de Alan Moore trazem uma carga pesadíssima de conteúdo oculto. Promethea aparece no topo da lista. O Neonomicon, um trabalho mais recente, também desponta neste aspecto, trazendo uma visão moderna do universo de Lovecraft.

Além de Thelema, Qaballah e do culto a Glycon, Alan Moore é um grande fã do Tarô. O tema está presente em diversas de suas obras. Em Dodgem Logic, uma revista publicada por ele mesmo entre 2000 e 2001, ele chegou a publicar os arcanos maiores de um Tarô de sua autoria. Há inclusive rumores de que ele mesmo tenha ilustrado as cartas. É uma visão bem minimalista do Tarô, e deixamos aqui essas ilustrações, sem maiores julgamentos, para satisfazer sua curiosidade.

O Tarô de Alan Moore