A'Arab Zaraq, Os Corvos da Dispersão

A’Arab Zaraq – Os Corvos da Dispersão

Em nossa escalada da Árvore do Conhecimento, já passamos pelas três qliphoth inferiores: Lilith, Gamaliel e Samael. Desta vez falaremos de A’Arab Zaraq, Os Corvos da Dispersão.

A’Arab Zaraq vs. Netzach

O antipolo da qliphah A’Arab Zaraq é Netzach. A tradução do nome hebraico dessa Sephirah é “vitória”. Netzach representa a vitória no sentido da perseverança e da paciência, que enfim sobrepujam as paixões individuais.

A’Arab Zaraq representa, obviamente, o lado sombrio da vitória. A vitória desta qliphah tem uma conotação maior de conquista. Vitória sobre o inimigo, impiedosa, muitas vezes marcial.

Algumas divindades associadas a A’Arab Zaraq incluem Odin e Baal. Odin é um notório deus guerreiro, e Baal, a despeito de sua multiplicidade de representações, é frequentemente mostrado como um conquistador vitorioso. Baal é a entidade soberana de A’Arab Zaraq.

Os Corvos da Dispersão

Um dos símbolos associados a Netzach é a pomba. A pomba branca e imaculada é frequentemente associada à paz – à paz decorrente da vitória. A ave de A’Arab Zaraq é o corvo, que chafurda na guerra e na tempestade. É a ave de Odin. O corvo se alimenta da morte, o campo de batalha é para ele um banquete. É uma ave falante, que traz presságios e profecias.

A pomba aparece frequentemente como uma encarnação do Espírito Santo, e está presente no batizado de Jesus Cristo. De forma análoga, o corvo, preto e carniceiro, é a ave da iniciação do magista que decide trilhar o caminho do conhecimento.

A Vênus Negra

Assim como Netzach está ligada a Vênus, em seu antipolo há o arquétipo da Vênus Negra. Enquanto a Vênus convencional remonta a amor e fertilidade, a Vênus Negra é a deusa das perversões. Estas perversões não trazem fecundidade, mas seus frutos podem tornar o magista seu próprio pai e seu próprio filho, como consequência de seus atos.

A Iniciação Qliphótica em A’Arab Zaraq

Aquele que trilha o caminho da Árvore do Conhecimento encontrará em A’Arab Zaraq uma jornada solitária. A essência da jornada por esta qliphah é a busca de uma iluminação da morte. Para atingi-la é necessário trabalhar as emoções obscuras, desenvolver uma personalidade demoníaca e aprimoramento bélico.

 

Para conhecer mais sobre A’Arab Zaraq e as demais qliphoth, uma excelente fonte é o livro Cabala, Qliphoth e Magia Goética, do sueco Thomas Karlsson, que está disponível, em portugês, na loja da Penumbra Livros.

 

Veja também:

Lilith, A Rainha da Noite

Gamaliel, Os Obscenos

Samael, O Veneno de Deus

Thagirion, Os Disputadores

Golachab, Os Flamejantes

Gha’agsheblah, Os Golpeadores

A'Arab Zaraq, Os Corvos da Dispersão

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